quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vai Brasil!


Não é hora de caça às bruxas. Nem de buscar culpados. O momento é de correções. Fingir que nada aconteceu e que tudo de ruim da estréia terminou em beijos, abraços, tapinhas será a pior das incoerências. O Brasil ganhou? Ótimo, que bom. A missão obrigatória foi cumprida. Mas para seguir vencendo será preciso muito mais. E, não esqueçamos, o frio continuará inclemente, a jabulani seguirá viva e os adversários morderão ainda mais

Esta Seleção é fortíssima. A mais competitiva que o mundo viu nos últimos anos. Mas é moldado para o contra-ataque. Tem um meio-campo com gente que mais destrói do que constrói. Assim, as grandes atuações (como contra Itália, Portugal, Inglaterra, Argentina) foram contra equipes que… proporcionam o contra-ataque. Equipes que jogam. E que, curiosamente, são mais fortes também.

O Brasil mostrou logo na estreia que não vem à Copa para dar espetáculo. Outras Seleções carregam esta missão. São os casos da Alemanha (quem diria) e do que se espera de Argentina e Espanha.

Não quer dizer que sejam mais competitivas que o Brasil. São diferentes. Talvez mais agradáveis de se ver jogar.
Mas, até agora, só a Alemanha mostrou algo diferente.

Também é de se lembrar o retrospecto brasileiro contra os sul-coreanos, já que contra os norte-coreanos era inexistente. E os números sempre indicaram dificuldades. Três vitórias e uma derrota, desde que Dunga fez 1 x 0, em 1995, no primeiro Brasil x Coreia da história, fosse a do Norte, fosse a do Sul.

No próximo jogo os marfinenses vão defender-se, talvez menos do que os norte-coreanos, provavelmente com mais qualidade para contra-atacar. Ao Brasil cabe corrigir mais um erro grave, o apresentado contra a Coreia do Norte. Especialmente quando se tem defesas fechadas pela frente, é preciso tocar a bola mais rápido. É preciso também aproveitar os avanços dos laterais. Eles se esforçam para chegar à linha de fundo e não recebem o passe necessário. Voltam esbaforidos para a defesa e assistem ao ataque pelo meio bater na muralha do adversário. Feliz foi Maicon de receber um desses raros passes, até os 9 do segundo tempo, quando Elano teve a visão de que precisava encontrar o lateral-direito em velocidade. O gol abriu a defesa, não corrigiu defeitos.


Só ficou decepcionado com a estréia da Seleção quem esperava algo muito diferente daquilo que este time sempre mostrou sob o comando do Dunga!!!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Messi demonstrou que a camisa argentina não pesa!


Tem a Argentina no seu time um sujeito que pode ser o nome da Copa. Há um time, mas há um jogador que pode levar este time à final. Nada que coloque o técnico em outro plano. O técnico Maradona ainda está a dever, enquanto o jogador Messi procurar saldar todos os seus débitos, especialmente com os ranhetas. Os mesmos que um dia, independentemente do idioma, implicaram com o Rivaldo e o Ronaldinho Gaúcho na Seleção Brasileira e outras estrelas. Ficou claro que a Argentina pode brigar pelo título
E não é só Messi. Sem fazer comparações com a Seleção Brasileira, a Argentina tem mesmo um bom time. E que, para piorar, está motivado e unido. A defesa é fraca? Concordo, mas o paredão com quatro zagueiros foi uma saída convincente de Maradona. E, do meio para frente, talvez seja mesmo melhor apostar em Diego Militto na vaga de Higuain, que contra a Nigéria esteve muito mal. Quem também não funcionou foi Di Maria, baita jogador, mas que exagerou na timidez e na obediência tática a Maradona. Ele tem muito mais a mostrar.
Assim mesmo, a Argentina foi muito melhor do que a Nigéria. E, se não fosse o bom goleiro Enyeama, os africanos teriam terminado a estréia com um saco de gols nas costas. Não foi possível. O placar foi magro, mas só serviu para reforçar que nossos rivais estão fortes, motivados, decididos e que Messi está a fim de provar que é o melhor também entre os melhores. O abraço de Maradona no seu camisa 10 traduz com firmeza essa realidade.
Lionel Messi acordou mais aliviado no dia seguinte da vitória deste sábado sobre a Nigéria por 1 a 0, na estreia da Argentina na Copa do Mundo. Considerado o melhor jogador do mundo pela Fifa, após temporadas excelentes com o Barcelona, Messi também pôde mostrar o seu brilho no primeiro jogo do Mundial defendendo o país em que nasceu.
Para o atacante, foi como uma volta por cima, depois da campanha irregular da seleção albiceleste nas eliminatórias sul-americanas, que carimbou a vaga apenas na última rodada e ficou somente na quarta posição.
A velha história de que Lionel Messi não joga bem quando veste a camisa albiceleste foi por água abaixo logo na estreia da seleção argentina no Mundial da África do Sul. Com uma atuação bastante inspirada, apesar de não ter sido decisiva, a imprensa argentina foi unânime em elogiar sua maior estrela dentro das quatro linhas.
Lionel Messi teve momentos inspirados. Fez fila, trocou passes, fez tabela, partiu para cima, bancou o centroavante… Gastou a bola, sem jogar metade do que faz. Para quem pedia o Messi do Barcelona com a camisa da Argentina, já foi um passo. Mas não é que teve gente que não gostou e acha que eu exagerei? Aí está o grau de exigência sempre acima do tom, para o bem e para o mal, do torcedor de futebol.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A DIFERENÇA NA COPA

Vai começar!!!

Dês de 2006 essa espera, esse nervosismo não tomavam conta do coração na alma de cada brasileiro.

E agora lá vamos nós para mais uma COPA.

O que podemos esperar desse mundial???

Quem pode fazer a diferença????

Argentina

Lionel Messi – Atual melhor do mundo, luta para provar que pode jogar na seleção argentina o mesmo que no Barcelona, onde já é consagrado como um dos maiores da história. E tudo isso somente aos 22 anos – completa 23 durante a primeira fase.

Di Maria – Os rumores de uma venda para o Real Madrid por € 40 milhões (R$ 88 mi) podem soar exagerados, mas mostram o quanto o jovem argentino cresceu. Autor do gol do título nas Olimpíadas de Pequim, o meia é dono de incrível habilidade. É um dos armadores da equipe de Maradona, ocupando o lugar que seria de Riquelme.

Brasil

Kaká – As frequentes ausências na temporada pelo Real Madrid colocaram um pingo de dúvida na cabeça dos brasileiros sobre sua condição física. E é ela um dos principais motivos para Kaká ter sido eleito o melhor jogador do ano de 2007. Técnica e talento ele tem de sobra.

Lúcio – A fisionomia fechada e os gritos na defesa assustam até os companheiros. Capitão da seleção, o zagueiro coleciona títulos, quase sempre com a braçadeira. Nesta temporada, levantou três canecos pelo Inter de Milão.

Julio Cesar – falha de Julio Cesar? Considerado o melhor do mundo na posição, o goleiro apresenta regularidade incrível. É um dos principais responsáveis pelos ótimos números da defesa do Inter de Milão e da seleção brasileira.

Espanha

Xavi Hernandéz – É considerado por muitos o maior passador da atualidade, tanto que colecionou 19 assistências na temporada. Ao lado de Iniesta, dita o ritmo de jogo do Barcelona. Foi merecidamente eleito o melhor jogador da Eurocopa de 2008. Em 2009, ficou em terceiro na eleição da Fifa.

David VillaUm dos motivos de não ter tanto glamour quanto Rooney, Drogba ou o próprio companheiro Fernando Torres é por ter atuado boa parte da carreira no Valencia. O reconhecimento do artilheiro veio há pouco tempo: uma transação de € 40 milhões (R$ 88 mi) para o Barcelona. É grande candidato a levar a chuteira de ouro.

Charles Puyol – Considerado baixo para os padrões (1,78m), compensa a falta de uma técnica refinada com raça inigualável. Não é ídolo do Barcelona há mais de uma década à toa e teve sua parcela de importância nas inúmeras conquistas do clube.

Iker Casillas – O goleiro pode ter vacilado em algumas ocasiões na temporada, sendo inclusive motivo de preocupação da exigente imprensa espanhola, mas continua como um dos melhores do planeta. Se não é dos mais altos (1,83m), tem elasticidade invejável e é muito veloz debaixo das traves.

Inglaterra

Wayne Rooney – A saída de Cristiano Ronaldo pode não ter feito bem para o Manchester United, mas foi excelente para o atacante inglês, que assumiu o papel de protagonista e se tornou um dos maiores goleadores da atualidade. As pretensões do English Team no Mundial dependem quase que exclusivamente do “Shrek”.

Aaron Lennon – Jogador mais baixo da Copa do Mundo (1,65m), o meia do Tottenham é um dos mais rápidos e ágeis. Pela direita, foi peça-chave na classificação dos Spurs para a Liga dos Campeões e ganhou a confiança do técnico Capello, que preteriu Walcott por ele.

John Terry – Os escândalos extraconjugais e as acusações de que aceitava dinheiro por visita às instalações do Chelsea não diminuem o seu status de ídolo no clube. Na seleção, o zagueiro multicampeão perdeu a braçadeira, mas não as qualidades. É extremamente forte no combate direto.

Portugal

Cristiano Ronaldo – Costuma andar acompanhado de críticas, quase sempre injustas. Se não aparenta ser humilde, mostra em campo, com muitos gols, que pode “se dar ao luxo” de ter personalidade diferente. Seja no Manchester United, onde foi eleito o melhor do planeta em 2008, ou no Real Madrid.

Itália

Gianluigi Buffon – Goleiro consagrado, sofreu com algumas lesões na última temporada que o afastaram do Juventus. É carismático e um dos maiores ídolos do clube. Também assumiu o papel de craque da Azzurra com reflexos apuradíssimos.

Fabio Cannavaro – Quatro anos se passaram desde o ápice da carreira do zagueiro. Eleito merecidamente o melhor da Copa do Mundo da Alemanha, luta contra as críticas de que deveria aposentar a carreira. A dispensa do Juventus e ida para o Al-Ahli é um espelho disso, mas a liderança em campo continua intacta.

Holanda

Wesley Sneijder Peça-chave no Inter de Milão que conquistou a tríplice coroa, o meio-campista é ágil e pensa com rapidez impressionante, tornando-o ameaça número 1 nos contra-ataques da Laranja Mecânica. É motivo de arrependimento do Real Madrid, que o vendeu por cerca de € 15 milhões (cerca de R$ 40 mi).

Robben Um dos motivos de não ter tanto glamour quanto seu companheiro Sneijder é não ter vencido a liga dos campeões, apesar de ter varias lesões ao longo da carreira na temporada 2008/2009 levou o Bayern de Munique a três finais vencendo duas delas.

E para você quem mais pode fazer a diferença? ????

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Caiu o gigante. O Barça está eliminado da Liga dos Campeões.

No jogo ruim desta tarde, prevaleceu o estilo do Inter que, justiça seja feita, só pôde armar aquele retrancão no Camp Nou porque tinha feito três gols em Milão.

José Mourinho organizou a maior e melhor retranca. O “ferrolho” italiano apareceu repaginado e globalizado (sem um personagem italiano sequer em campo, mas, de algum modo, italianíssimo “na alma”). Apareceu mais bem feito que nunca.

Não vi na semifinal da Liga dos Campeões, entre Barcelona e Inter de Milão, o confronto Brasil x Argentina que muita gente anunciou. Havia muitos brasileiros no Inter, mas também argentinos; e Daniel Alves, jogador importante no esquema da seleção, é um dos principais coadjuvantes de Messi no Barça.

O Inter de José Mourinho – treinador muito badalado no cenário internacional tem a espinha dorsal da defesa da seleção brasileira: Júlio César, o melhor goleiro do mundo; Maicon, um lateral-direito a quem a torcida do Brasil já começa a se render, embora a maioria ainda prefira o estilo virtuoso de Daniel Alves; e Lúcio, um zagueiro que depois de duas Copas já beira a unanimidade, embora de habilidoso não tenha nada.

Mourinho foi inteligente para bloquear o Barcelona e impedir que o time catalão entrasse em sua grande área. Mas recuou demais. A Inter merece estar na final pela campanha, não pelo último jogo das semifinais, à parte a retranca ter sido causada pela expulsão injusta de Thiago Motta.

A observação fundamental eu faria em relação ao Barcelona. Em jogos assim o fora-de-série precisa aparecer, chamar a responsabilidade e fazer a diferença. Messi não conseguiu fazer isso. Ele é o melhor do mundo e tinha que resolver. Tinha que fazer o impossível. Tinha que ser mágico. Não foi e isso vai ser cobrado. É cruel, mas é assim que funciona.

Madri está livre de ver o Barça dando a volta olímpica no Bernabeu. O futebol perdeu a chance de ver o time que joga mais bonito em outra decisão. Os bávaros de Munique soltam fogos de alívio. E Milão é uma festa. Os azuis e negros podem fazer história - sem o espetáculo dos catalães, mas com as conquistas da Liga, da Copa e da Champions. Será?

Contra o Bayern, a final é imprevisível. Até pelo retrospecto. Em quatro partidas, em todos os tempos, são duas vitórias do Bayern, uma da Inter e um empate.

Assim, a Inter, heróica, vai à decisão. Defender também é uma arte, e se o seu time é inferior, a estratégia é (quase) tudo. Que o Barcelona siga jogando bonito. Tem jogadores para isso. Ano que vem tem mais...


PS: se você elogiou o Joel Santana no campeonato carioca, não leve a mal, mas não pode criticar o Mourinho.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Campeão Carioca de 2010!!




Há pouco mais de uma semana, Joel Santana foi condecorado pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, já que sua trajetória na cidade é motivo suficiente para colocá-lo no patamar de cidadão carioca honorário. O sétimo título, conquistado nesse domingo com a vitória do Botafogo sobre o Flamengo, deixou-o perto de igualar o recorde de Flávio Costa, treinador que mais vezes venceu o Estadual do Rio - foram oito.

Sei que é repetitivo falar da prancheta de Joel. Mas o fato é que a partir dela é que o campeão de 2010 no Rio começou a ser formado. Ele assumiu o Botafogo em frangalhos, após levar uma sova de 6 a 0 do Vasco na terceira rodada da Taça Guanabara, e levou o mesmo time ao título Estadual, ganhando os dois turnos, sem direito a prorrogação, pênaltis e muito menos finalíssima. Campeão por antecipação no Rio, algo que não acontecia desde 1998, quando o Vasco dispensou as finais e levou o título direto.

A se registrar também o sotaque portunhol da conquista: O argentino Herrera e o uruguaio Loco Abreu, boas e criativas contratações no começo da temporada, não são brilhantes, não têm a grife dos figurões milionários da dupla Fla-Flu… Mas têm a cara guerreira do Botafogo, e ganharam empatia com a torcida, mesmo em momentos de baixa. Na decisão, fizeram o seu papel: De pênalti, Herrera marcou o primeiro gol. E da mesma forma, “Loco”, justificando plenamente o apelido, bateu o segundo de forma “suicida” com um leve toque “balão”, que tocou o travessão antes de entrar. Destaque também para Jeferson, que andou falhando bisonhamente na Copa do Brasil, mas foi decisivo na hora do aperto. Defendeu um pênalti, e fez duas grandes defesas no fim.

Diferentemente de 2007, 2008 e 2009, desta vez o Botafogo tinha um goleiro bom, seguro e que tinha a confiança dos torcedores. Jefferson tem carisma, tem vontade de ganhar, e consegue ser frio e quente ao mesmo tempo. Não treme e não sofre com decisão. E, nos momentos em que o time mais precisou dele, ele atendeu ao chamado. Quando pegou o pênalti mal cobrado por Adriano e quando fechou o paredão na hora decisiva do clássico, em plena pressão rubro-negra.

Esse botafogo tem coração, tem garra, tem paixão, tem uma espécie de alma argentina, com o intempestivo Herrera, e da loucura, às vezes delirante, às vezes fria como a de um iceberg, do uruguaio Loco Abreu, capaz de fazer o gol do título, com uma cobrança de pênalti “A la Panenka, Zidane, Djalminha… “. Cobrança de quem tem confiança, peso, estofo, verniz e não tem medo. Muito menos de cara feia.

Enfim, era mesmo o Estadual do Botafogo. Um time que saiu de uma série de derrotas e reencontrou o caminho da vitória por um simples (e decisivo) detalhe: juntou num mesmo grupo quem tem estrela, sangue e, principalmente, não tem medo de ser feliz (e de ser campeão).

Pois então, restou ao Botafogo, que entrou em campo de mãos dadas, sair de braços dados com sua eufórica torcida. Sem estrelas, sem favoritismo, mas com garra, emoção, e caras que são a cara do clube.

“Cadê o Império do Amor”.

“é mais do que alegria, é o êxtase!”.

“o botafoguense é um pessimista convicto à espera de um milagre.”

“Ser campeão é muito bom. Ser campeão vencendo eles depois de três vices é ainda melhor.”

Algo mais a dizer dessa conquista!!!!????

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Messi!!! A Lenda


Lionel Andrés Messi (Rosário, 24 de junho de 1987)
Hoje um pedaço da história foi escrito. O Camp Nou lotado com uma atuação inacreditável de Lionel Messi. Com quatro gols e muitos lances de velocidade e habilidade, ele simplesmente despachou os ingleses para Londres e deixou o mundo todo sem palavras, sem ação, apenas sorrindo meio de bobo de alegria verdadeira.
Sabe essas histórias que a gente ouve na infância de pais a avôs, com Garrincha e Didi como personagens…? Aquelas que você acaba desconfiando e pensando (sem dizer nada) “ele está exagerando”…? Pois é. Hoje teve uma história igualzinha àquelas diante dos nossos olhos
Por isso garanto: meus filhos e netos ainda vão ouvir falar muito neste seis de abril de dois mil e dez.
Messi tem apenas 22 anos, idade em que muitos jogadores ainda estão em formação. Não ele, que já é completo, inteligente, habilidoso, tem uma precisão incrível no chute, uma força meio oculta no corpo quase franzino. Para desespero de muitos brasileiros, não temos nenhum jogador a altura de Messi atualmente.
Messi é um desses extraterrestres que, de vez em quando, vêm nos visitar para fazer renascer o futebol e arrastar multidões. É um monstro com estatura para entrar no glorioso panteão de Maradonas, Beckenbauers, Romários e Rivelinos…
Messi já pode ser comparado a Maradona porque, inclusive, conquistou várias glórias que Dom Diego tentou ao longo da carreira sem sucesso. Não concordo. Acho que nada se compara – nem de longe – a uma Copa do Mundo. Provavelmente é um sentimento de defesa dos espanhóis e ingleses ao tratarem a Liga dos Campeões como a competição mais valiosa do futebol.
Por isso, para mim, Messi ainda tem uma Copa do Mundo pela frente. E, aí sim, seria comparável (ou, quem sabe, superior – Superior sim!) a Diego Maradona. Potencial para isso, estatura para ele tem. Estamos diante de um gênio que ainda pode muito, muito mais.
Até o momento, o melhor jogador do mundo marcou 39 gols na temporada, um a mais que em 2008/2009, quando ajudou o Barça a vencer todos os torneios que disputou. Agora, o camisa 10 tem 26 gols no Espanhol, oito na Liga dos Campeões, dois no Mundial de Clubes, dois na Supercopa da Espanha e um na Copa do Rei.

Messi é o principal artilheiro da Europa, na frente do uruguaio Luis Suárez, do Ajax, que tem 37 (29 no Campeonato Holandês, dois na Liga Europa e seis na Copa da Holanda). Wayne Rooney, do Manchester United, tem 34.

Ontem mostrou que esta pronto para a Copa do Mundo, já li reportagens dizendo que ele tem que ganhar a Copa para virar uma lenda ele já é uma só tem 22 anos e já ganhou tudo isso aqui(texto abaixo)!!!
A Copa rola de 4 em 4 anos ele ainda tem mais umas duas pela frente tirando essa, não duvido nada que vá se tornar o maior artilheiro das Copas, só depende de como jogara o time dele.

PS: Utilizamos as matérias de dois grandes repórteres do Globo.com para fazer o post.(muito obrigado)
Títulos


Barcelona

• La Liga: 2004-05, 2005-06 e 2008-09
• Copa del Rey: 2008-09
• Supercopa de España: 2005, 2006 e 2009
• Copa Cataluña: 2003-04, 2004-05 e 2006-07
• UEFA Champions League: 2005-06, 2008-09
• UEFA Super Cup: 2009
• Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009

Seleção Argentina

• Mundial Sub-20: 2005
• Jogos Olímpicos: Ouro em 2008

Prêmios individuais

• Golden Boy (melhor jogador jovem do mundo): 2005
• Melhor jogador do Mundial Sub-20: 2005
• Melhor jogador da UEFA Champions League: 2008-09
• Melhor atacante da UEFA Champions League: 2008-09
• Bola de Ouro da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009
• Melhor Jogador da Final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009
• Ballon d'Or: 2009
• Melhor jogador do mundo pela FIFA: 2009

Artilharias

• Mundial Sub-20: 2005 (6 gols)
• UEFA Champions League: 2008-09 (9 gols)

segunda-feira, 29 de março de 2010

Armando Nogueira, camisa 10 do jornalismo esportivo brasileiro


Armando Nogueira, que morreu nesta segunda-feira, era um camisa 10 como poucos na arte de escrever. Começou a cobrir Copas do Mundo no Mundial de 1954 - com a poesia que lhe era peculiar. Alguns de seus textos guardam frases antológicas que servem até hoje de inspiração para jornalistas e são a grande cereja do bolo para seus fiéis leitores.

O Rei e a bola

"Pelé é tão perfeito que se não tivesse nascido gente, teria nascido bola."

Mané e o drible
"Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio."

Perfeição

“A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.”

Habilidade

"No futebol, matar a bola é um ato de amor. Se a bola não quica, mau-caráter indica."

Humor

"Anúncio: troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas."

Crítica

"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão"

Ídolos

"Heróis são reféns da glória. Vivem sufocados pela tirania da alta performance"

Enciclopédia

"Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos".

Zico

"A bola é uma flor que nasce nos pés de Zico, com cheiro de gol."

O gol

“Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."

Uma crônica histórica sobre a conquista da Copa do Mundo de 1970, no México, quando a seleção brasileira conqusitou o tricampeonato e a Taça Jules Rimet. O texto está escrito na ortografia antiga.

E as palavras, eu que vivo delas, onde estão? Onde estão as palavras para contar a vocês e a mim mesmo que Tostão está morrendo asfixiado nos braços da multidão em transe? Parece um linchamento: Tostão deitado na grama, cem mãos a saqueá-lo. Levam-lhe a camisa levam-lhe os calções. Sei que é total a alucinação nos quatro cantos do estádio, mas só tenho olhos para a cena insólita: há muito que arrancaram as chuteiras de Tostão. Só falta, agora, alguém tomar-lhe a sunga azul, derradeira peça sobre o corpo de um semi-deus.

Mas, felizmente, a cautela e o sangue-frio vencem sempre: venceram, com o Brasil, o Mundial de 70, e venceram, também, na hora em que o desvario pretendia deixar Tostão completamente nu aos olhos de cem mil espectadores e de setecentos milhões de telespectadores do mundo inteiro.

E lá se vai Tostão, correndo pelo campo afora, coberto de glórias, coberto de lágrimas, atropelado por uma pequena multidão. Essa gente, que está ali por amor, vai acabar sufocando Tostão. Se a polícia não entra em campo para protegê-lo, coitado dele. Coitado, também, de Pelé, pendurado em mil pescoços e com um sombrero imenso, nu da cintura para cima, carregado por todos os lados ao sabor da paixão coletiva.

O campo do Azteca, nesse momento, é um manicômio: mexicanos e brasileiros, com bandeiras enormes, engalfinham-se num estranho esbanjamento de alegria.

Agora, quase não posso ver o campo lá embaixo: chove papel colorido em todo o estádio. Esse estádio que foi feito para uma festa de final: sua arquitetura põe o povo dentro do campo, criando um clima de intimidade que o futebol, aqui, no Azteca, toma emprestado à corrida de touros.

A festa brasileira no gramado do Azteca

Cantemos, amigos, a fiesta brava, cantemos agora, mesmo em lágrimas, os derradeiros instantes do mais bonito Mundial que meus olhos jamais sonharam ver. Pela correção dos atletas, que jogaram trinta e duas partidas, sem uma só expulsão. Pelo respeito com que cerca de trezentos profissionais de futebol se enfrentaram, músculo a músculo, coração a coração, trocando camisas, trocando consolo, trocando destinos que hão de se encontrar, novamente, em Munique 74.

Choremos a alegria de uma campanha admirável em que o Brasil fez futebol de fantasia, fazendo amigos. Fazendo irmãos em todos os continentes.

Orgulha-me ver que o futebol, nossa vida, é o mais vibrante universo de paz que o homem é capaz de iluminar com uma bola, seu brinquedo fascinante. Trinta e duas batalhas, nenhuma baixa. Dezesseis países em luta ardente, durante vinte e um dias — ninguém morreu. Não há bandeiras de luto no mastro dos heróis do futebol.

Por isso, recebam, amanhã, os heróis do Mundial de 70 com a ternura que acolhe em casa os meninos que voltam do pátio, onde brincavam. Perdoem-me o arrebatamento que me faz sonegar-lhes a análise fria do jogo. Mas final é assim mesmo: as táticas cedem vez aos rasgos do coração. Tenho uma vida profissional cheia de finais e, em nenhuma delas, falou-se de estratégias. Final é sublimação, final é pirâmide humana atrás do gol a delirar com a cabeçada de Pelé, com o chute de Gérson e com o gesto bravo de Jairzinho, levando nas pernas a bola do terceiro gol. Final é antes do jogo, depois do jogo — nunca durante o jogo.

Que humanidade, senão a do esporte, seria capaz de construir, sobre a abstração de um gol, a cerimônia a que assisto, neste instante, querendo chorar, querendo gritar? Os campeões mundiais em volta olímpica, a beijar a tacinha, filha adotiva de todos nós, brasileiros? Ternamente, o capitão Carlos Alberto cola o corpinho dela no seu rosto fatigado: conquistou-a para sempre, conquistou-a por ti, adorável peladeiro do Aterro do Flamengo. A tacinha, agora, é tua, amiguinho, que mataste tantas aulas de junho para baixar, em espírito, no Jalisco de Guadalajara.

Sorve nela, amiguinho, a glória de Pelé, que tem a fragrância da nossa infância.

A taça de ouro é eternamente tua, amiguinho.

Até que os deuses do futebol inventem outra.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Evento de skate no Rio de Janeiro

Mundial de Skate Vertical

Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal do Rio de Janeiro, pela nona vez consecutiva a primeira etapa do Mundial de Skate Vertical será disputado por lá.

Os principais skatistas: Bob Burnquist, Dan Cezar, Renton Millar e Sandro Dias representavam os esportistas
Outro skatistas confirmado no evento e o brasileiro Pedro Barros, o Pedrinho, chama atenção pela pouca idade.

Vocês poderão conferir o desempenho de todos os atletas durante os treinos desta sexta, a partir das 15h30. No domingo, a grande final a partir das 09h00.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Diferencial

Uma pequena apresentação, sou Jorge graças ao santo e sou Sena graças a minha avó nortista, hoje com 24 anos já pensei varias vezes em ser jogador, mas sempre me faltou o algo mais, o que eu gosto de ver nos bons jogadores. (não só isso é claro)


Então hoje quero falar sobre o algo mais, estava assistindo o jogo do Flamengo na ultima semana e vi que o Vagner Love não vai para a Copa porque não tem esse algo mais; ele é rápido, dribla, sabe fazer o pivô mais quando tem que converter um pênalti (hum!!) algo comum a função dele nossa quanta dificuldade e olha que não foi a primeira vez que isso aconteceu (no jogo da libertadores ele perdeu uma) eu sei, eu sei, dessa vez ele converteu porém foi muito mal batido.


Então tentando elaborar um padrão vou fazer um questionamento, o que falta para o Vagner Love ter esse algo mais (ele ainda pode alcançar isso)???


Acostumar com partidas com pressão, já que antes jogava no mediano campeonato russo?

Mais treino, muito mais treino e dedicação? (de cobrança de pênaltis)


O que vocês acham????