Não é hora de caça às bruxas. Nem de buscar culpados. O momento é de correções. Fingir que nada aconteceu e que tudo de ruim da estréia terminou em beijos, abraços, tapinhas será a pior das incoerências. O Brasil ganhou? Ótimo, que bom. A missão obrigatória foi cumprida. Mas para seguir vencendo será preciso muito mais. E, não esqueçamos, o frio continuará inclemente, a jabulani seguirá viva e os adversários morderão ainda mais
Esta Seleção é fortíssima. A mais competitiva que o mundo viu nos últimos anos. Mas é moldado para o contra-ataque. Tem um meio-campo com gente que mais destrói do que constrói. Assim, as grandes atuações (como contra Itália, Portugal, Inglaterra, Argentina) foram contra equipes que… proporcionam o contra-ataque. Equipes que jogam. E que, curiosamente, são mais fortes também.
O Brasil mostrou logo na estreia que não vem à Copa para dar espetáculo. Outras Seleções carregam esta missão. São os casos da Alemanha (quem diria) e do que se espera de Argentina e Espanha.
Não quer dizer que sejam mais competitivas que o Brasil. São diferentes. Talvez mais agradáveis de se ver jogar.
Mas, até agora, só a Alemanha mostrou algo diferente.
Também é de se lembrar o retrospecto brasileiro contra os sul-coreanos, já que contra os norte-coreanos era inexistente. E os números sempre indicaram dificuldades. Três vitórias e uma derrota, desde que Dunga fez 1 x 0, em 1995, no primeiro Brasil x Coreia da história, fosse a do Norte, fosse a do Sul.
No próximo jogo os marfinenses vão defender-se, talvez menos do que os norte-coreanos, provavelmente com mais qualidade para contra-atacar. Ao Brasil cabe corrigir mais um erro grave, o apresentado contra a Coreia do Norte. Especialmente quando se tem defesas fechadas pela frente, é preciso tocar a bola mais rápido. É preciso também aproveitar os avanços dos laterais. Eles se esforçam para chegar à linha de fundo e não recebem o passe necessário. Voltam esbaforidos para a defesa e assistem ao ataque pelo meio bater na muralha do adversário. Feliz foi Maicon de receber um desses raros passes, até os 9 do segundo tempo, quando Elano teve a visão de que precisava encontrar o lateral-direito em velocidade. O gol abriu a defesa, não corrigiu defeitos.
Só ficou decepcionado com a estréia da Seleção quem esperava algo muito diferente daquilo que este time sempre mostrou sob o comando do Dunga!!!!!
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