segunda-feira, 19 de abril de 2010

Campeão Carioca de 2010!!




Há pouco mais de uma semana, Joel Santana foi condecorado pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, já que sua trajetória na cidade é motivo suficiente para colocá-lo no patamar de cidadão carioca honorário. O sétimo título, conquistado nesse domingo com a vitória do Botafogo sobre o Flamengo, deixou-o perto de igualar o recorde de Flávio Costa, treinador que mais vezes venceu o Estadual do Rio - foram oito.

Sei que é repetitivo falar da prancheta de Joel. Mas o fato é que a partir dela é que o campeão de 2010 no Rio começou a ser formado. Ele assumiu o Botafogo em frangalhos, após levar uma sova de 6 a 0 do Vasco na terceira rodada da Taça Guanabara, e levou o mesmo time ao título Estadual, ganhando os dois turnos, sem direito a prorrogação, pênaltis e muito menos finalíssima. Campeão por antecipação no Rio, algo que não acontecia desde 1998, quando o Vasco dispensou as finais e levou o título direto.

A se registrar também o sotaque portunhol da conquista: O argentino Herrera e o uruguaio Loco Abreu, boas e criativas contratações no começo da temporada, não são brilhantes, não têm a grife dos figurões milionários da dupla Fla-Flu… Mas têm a cara guerreira do Botafogo, e ganharam empatia com a torcida, mesmo em momentos de baixa. Na decisão, fizeram o seu papel: De pênalti, Herrera marcou o primeiro gol. E da mesma forma, “Loco”, justificando plenamente o apelido, bateu o segundo de forma “suicida” com um leve toque “balão”, que tocou o travessão antes de entrar. Destaque também para Jeferson, que andou falhando bisonhamente na Copa do Brasil, mas foi decisivo na hora do aperto. Defendeu um pênalti, e fez duas grandes defesas no fim.

Diferentemente de 2007, 2008 e 2009, desta vez o Botafogo tinha um goleiro bom, seguro e que tinha a confiança dos torcedores. Jefferson tem carisma, tem vontade de ganhar, e consegue ser frio e quente ao mesmo tempo. Não treme e não sofre com decisão. E, nos momentos em que o time mais precisou dele, ele atendeu ao chamado. Quando pegou o pênalti mal cobrado por Adriano e quando fechou o paredão na hora decisiva do clássico, em plena pressão rubro-negra.

Esse botafogo tem coração, tem garra, tem paixão, tem uma espécie de alma argentina, com o intempestivo Herrera, e da loucura, às vezes delirante, às vezes fria como a de um iceberg, do uruguaio Loco Abreu, capaz de fazer o gol do título, com uma cobrança de pênalti “A la Panenka, Zidane, Djalminha… “. Cobrança de quem tem confiança, peso, estofo, verniz e não tem medo. Muito menos de cara feia.

Enfim, era mesmo o Estadual do Botafogo. Um time que saiu de uma série de derrotas e reencontrou o caminho da vitória por um simples (e decisivo) detalhe: juntou num mesmo grupo quem tem estrela, sangue e, principalmente, não tem medo de ser feliz (e de ser campeão).

Pois então, restou ao Botafogo, que entrou em campo de mãos dadas, sair de braços dados com sua eufórica torcida. Sem estrelas, sem favoritismo, mas com garra, emoção, e caras que são a cara do clube.

“Cadê o Império do Amor”.

“é mais do que alegria, é o êxtase!”.

“o botafoguense é um pessimista convicto à espera de um milagre.”

“Ser campeão é muito bom. Ser campeão vencendo eles depois de três vices é ainda melhor.”

Algo mais a dizer dessa conquista!!!!????

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